Sociedade Tira-teimas

"Ouso em repreender a sociedade"

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Indalável

Onde estás?
Não te encontro,
Sinto-me perdido.
Onde estás?
Olha à minha volta,
E vejo
O que nada vejo...
E roda num círculo insuportável,
Roda,
Roda,
Roda.
Nada encontro!
Onde estás?
Perdido no céu.
Afogas-te nas águas,
Solitárias águas.
Derramadas no gesto que é teu.
E continuo a girar,
Girar,
Girar,
Girar.
O mundo já está turvo.
Onde estás?
Perdido na tinta,
Da minha caneta gasta,
Cansada e exausta.
Saturada de escrever,
E agora reage,
A porta range,
Range,
Range,
Range.
Eu tenho medo,
Tu não queres saber!
Onde estás?
Perdido na saliva,
Que gastei por ti.
Estou cego,
Nunca te vi.
E tropeço,
Magoou-me.
E choro,
Choro,
Choro,
Choro...
E deixas-me lá.
Onde estás?
Perdido no lixo,
Onde te cortas a caminhar.
E em cada passo que dás,
Aparenta o fim do mundo.
Aproximas-te de mim,
Isso corroí-me,
E a minha força começa a desmoronar,
E caí infinitamente,
Cai,
Cai,
Cai.
E onde estás?
Na epidemia que vagueia,
Onde levo todos os dias,
Um soco,
Uma pedrada,
Uma facada.
Sem dó,
Nem amor.
Deixas o teu odor
Como tua recordação.
Mas de que me vale?
Nunca te encontrei na vida,
Nem cego te vejo.
E onde estás?
Em guerra,
Em sangue,
Em mim!
Mas...
Já não quero saber.
O mundo parou,
Eu congelei e adormeci.
Onde estás? (insisto)
Nos sonhos e fantasias,
Onde sem medo me fazias
Tudo o que querias.
Porém tu não sabias,
Que no sonho era feliz.
Por isso ainda hoje continuo
A sonhar,
A sonhar,
A sonhar!
Mas, onde estás?

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Marés Mortas

Empurraste-me para o mar,
E eu caí.
Comecei-me a afogar,
E eu sem ti,
Deixei de respirar,
E eu morri
Porque já era tarde demais quando te senti...
Estas são
As marés mortas,
De uma vida perdida,
Não sentida...
E agora?
Não te percas mais,
Deixei-me na maré,
O mar puxar-me-à para mais longe,
Para um sitio
Onde tu não me tocas,
Um sitio,
Onde não me voltes a ver,
Um sitio,
Melhor do que tu.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

The End

How i wish you where here,
Here to see you
Here to touch you,
Because i need you.
You're every part of me,
You're everything that i see,

I see you everywhere!
On the walls, on the bed
And even on my head.
When i'm singing,
When i'm screaming
You're always there.

I think i feel my heart rising,
And it's beating faster than ever,
Oh baby, i think i love you...

No one has the potencial to feel
The same thing i feel for you
Do you know what you feel,
When a girl passes by,
And says 'hello'
And you don't know what to say?

Whell, that's the way that i feel.
The feeling is growing up,
Every single day.
Oh! How i wish you'd know,
How much i love you,
And how much i need your breath...

I think i feel my heart rising,
And it's beating faster than ever,
Oh baby, i think i love you...

My dear, look at me!
Can't you see?
The blood that comes out without you notice,
The last breath it's given with you in my heart,
Because you don't see now?
I'm dieing for you?
Can't you see?
Please look at me,
I need you for real!
I need you here!
I need now!
Please come...
Don't leave me again...

I think i feel my heart rising,
And it's beating faster than ever,
Oh baby, i think i love you...

But it's too late,
You killed my soul.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Adiantará avisar?

Isto é um aviso
Para a toda gente
Gente que pensa que é grande,
E não passam de grande merda.
Somos todos modelos,
Todos somos bons.
Conhece-se a pessoa
E sorris-lhe na cara,
Nem queiras saber o que te dizem nas costas.
Gente covarde,
Como todos são
Como todos serão,
Para todo o sempre.
Gente que pensa que a mudança não existe,
Não sei porque pensam assim
Se não existisse tal coisa,
Ninguém agradava ninguém,
E para agradar
Temos que mudar,
E por mais que digam: «Não estou cá para agradar ninguém»
É mentira.
Queremos sempre alguém a olhar para nós,
Queremos que os olhos dessa pessoa caiam no chão.
(Mas porquê?)
Então sou das poucas a pensar que tal coisa em mim resiste.
E já fui do contra,
Porém a vida continua,
E estou sempre em mudança
Senão seria deficiente.
Era bébé para sempre.
Mas não em toda a gente
Visto que a sociedade,
Agora,
É toda importante,
E tudo se conhece
E tudo acaba num instante.
Pouco se importam com os sentimentos,
Tratam toda gente mal,
Tratam-nos abaixo de restos,
Lixo...
Acho que a juventude de hoje em dia
Vive tudo demasiado depressa.
Tem pressa em ter dezoito,
Mas que adianta?
Quando a mentalidade parou nos dez...
São todos impulsivos
Todos se amam em quatro dias
Namoram em três dias,
Fazem sexo no segundo dia
E acabam num dia.
Enfim,
Uma sociedade em abadia.
Depois ganham má fama
E no fim ninguém te curte.
Começas a chorar,
A entrar em depressão
Por toda a gente falar mal de ti em vão.
Não pensaste nas consequências,
Só quiseste saber dos factos.
Agora não podes fazer nada,
Esperas um pouco
E pode ser que a gente volte para ti.
Usam o passado para conhecer gente nova,
Para que tenham pena dele ou dela,
Para ver se o papel de comer se repete.
A vida assim é uma seca,
Muito repetitiva.
Quase obrigatório.
Se isto continuar assim,
Futuramente,
A taxa de mortalidade poderá aumentar
Portanto
Não te dês ao trabalho de amar
Para depois não vires a odiar.
Vive a vida sem pressas,
Porque quando deres por ela,
Já estás a cair de podre
E a querer regressar ao passado.
E sabes muito bem que isso é impossível.
Deixo assim a minha mensagem,
Perante toda a sociedade de hoje.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

(...)

«A felicidade é algo que se atinge por acaso, e quando a perdemos, nem demos conta que já a tivemos.»

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quanto tempo falta?



Queria eu ter agora,
Os teus olhos para olhar,
O teu ar para respirar,
Os teus lábios para saciar,
A tua mão para me aqueceres,
O teu jeito para me enfeitiçares,
A tua voz para adormecer.
Mas nada tenho no intuito de sofrer,
A dor é tanta, não vai cicatrizar,
O amor causa cegueira por isso deixei de ver,
Roubaste-me o coração e já não me consigo apaixonar.
Mantenho-me no desespero pela forma como me abandonaste,
Desapareceste da minha vida e nem rasto deixaste.
Estou agora perdido no meio da escuridão
Fiquei sem voz, já nem canto a nossa canção,
Dei tanto de mim
Para receber o teu fim.
Porém o sol continua a brilhar,
E eu continuo a tentar acreditar,
Que um dia para mim vais olhar
E que tudo ao normal vai voltar.
Toco em todo o lado mas já nem sei o que sentir-te,
Quero-te de volta, seria muito pedir-te?
São estas a noites frias que passo sem ti.
Estou perdido, queria-te agora, queria-te aqui...

sábado, 2 de janeiro de 2010

Uma História Para Amar

«Foi num dia
Numa dada hora que tudo aconteceu
Estávamos perdidos no mundo onde todos mandavam menos eu
Conversamos a tarde toda
Mas ambos sabíamos que o momento tinha que chegar
Calamos de repente como se o silêncio quisesse falar
Deste-me um abraço e eu tentei-te aquecer
Naquele momento eras a pessoa que não me saia da cabeça,
O tal que não queria esquecer.
Passou tempo e ainda estávamos abraçados
Agarrados
Dois corpos querendo ser um, unidos.
De seguida ganhei coragem e beijei-te o pescoço
Ficaste no pensamento e já fazias um esboço
Porém eu não estava contente e queria escrever e desenhar
Desenhei toda ela uma história para amar.
Agora ganhaste coragem e agarraste no lápis
(já estando perdido no meio do teu gesto)
Deste-me a oportunidade que ninguém me deu
Beijaste-me perdidamente como Julieta beijou Romeu.
Mergulhei no teu deleito e não queria largar
Eras o meu tudo, a pessoa que eu queria amar.
Entretanto passou o tempo e eu tinha medo
Medo de um dia perder o teu aconchego
Mas tu davas-me segurança
Mantinha-me assim na esperança.
O tempo foi passando
E eu fui amando...
Até ao dia em que traí e caí
Bati e perdi tudo o que tinha
Fui atrás de ti só para não te perder
Eras quem eu queria,
Não podia deixar o amor arder.
Fui depressa
O mais rápido possível
Encontrei-te destroçado a chorar
Dei-te um abraço, mas já nem me conseguias amar.
Olhaste-me na cara, com grande tristeza
Esqueceste-te por tempos do que era sorrir.
Deixei-me encantar pela minha avareza
E acabei por tudo destruir.
Admiro-te por desculpares tal situação,
Se fosse o inverso não aguentaria o meu coração.
Mas o teu é de sangue, carne e puro.
Passou tempo e partiste e fiquei no escuro,
Brinquei com os teus sentimentos, talvez até o mereça.
Pessoas pedem-me que te esqueça,
Afirmo que é impossível esquecer uma pessoa como tu
E guardo comigo todos os momentos,
Sorriso inocentes e a partilha de sentimentos.
Chegou o juízo final
E essa imagem permanece no meu coração
Por último fui declinado, disseste-me que "não"
E agora que vou fazer comigo?
Perdi-me na vida, perdi-me contigo.
Quero-te de volta, quero o teu advento,
Descobri,
Agora que te perdi,
Que eras o que me mantinha vivo,
Que eras o meu sustento.»

*

Secundário